Ô Sartre...
Cada vez que leio um filósofo, eu me questiono, observo, aprendo e admiro.
O que mais me impressionou em Sartre foi a leveza em mudar, em não ter pudor e nem pré-conceitos em mudar de opinião, conceitos e rotas.
Ele se deixou levar pelas suas convicções que mudaram ao longo da sua jornada e do seu crescimento intelectual baseado nas suas experiências, vivências, sentimentos, medos e anseios.
Pra Sartre, a liberdade precisa ser explorada, mas nos incomodamos com o que vem por de traz desse desejo de liberdade: “É preciso destacar que a liberdade que se manifesta pela angústia se caracteriza por uma obrigação perpetuamente renovada de refazer o Eu que designa ser livre.” “A liberdade é um exercício que produz o caos ou é uma ação destrutiva do próprio Eu ou do Eu outro”.
Só essas duas citações dariam mais uns 10 livros...
Mas Sartre é assim! Extremamente atemporal e sublime em voar na sua genialidade.
Sartre morreu em 15 de abril de 1980, morreu sem sentir tristeza ou melancolia, passou por momentos penosos e se contentou em conformar-se com o que era.
Não vendeu seus pensamentos e ações por convicções alheias, se tornou em vários momentos o inimigo de toda a massa pensante, acadêmica e intelectual, mas nunca feriu suas próprias certezas.
O “nada” para Sartre sempre foi o tudo e ao mesmo tempo o nada... mas o incrível disso foi a capacidade de provocar em milhões de cérebros o por que do nada!
Orgulhava-se de ser Livre e foi por isso que mudava de opinião e convicção na medida em que entendia melhor o que o mundo e sua vida lhe apontavam.
Viva o Nada
Viva a Liberdade
Viva a Mudança
Viva Sartre
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