A REVOLUÇÃO DO BICHOS - George Orwell

Esse é o primeiro livro que leio do George Orwell, tenho mais uns dois na lista para ler. 

Esse livro foi publicado a primeira vez em 1945 e faz mais ou menos 24 anos que tenho ele e nunca tinha lido. 

Foi extraordinário ler esse livro, há tanta psicanálise que fica impossível começar e não terminar. 

Somos tão parecidos com o irracional, que fica completamente racional entender atitudes humanas e dos nossos companheiros de mundo, "os animais". 

Claro que uma boa ficção tem ingredientes de tristeza, melancolia, muitoooo trabalho, orgulho, morte, camaradagem, com pitadas de nepotismo, egos, traições, amizades e uma clareza estonteante de como homens e animais amam e gostam do conforto, dinheiro, comida e bem estar. 

No fundo, é bem claro que todos os animais racionais e os irracionais querem as mesmas coisas. 

As raças almejam sempre ser amadas, cuidadas, alimentadas e acima de tudo respeitadas. 

Imagino que George Orwell escreveu esse livro tentando fazer com que nós, pobres seres humanos, animais racionais, pudéssemos ver e sentir que somos apenas sementes de querer e se sentir nesse mundo. 

E que na verdade todos os seres vivos também querem. 

Fique muitas páginas me perguntando quais realmente eram os animais racionais e os irracionais? 

Os anseios, desejos, fortalezas e fraquezas são praticamente iguais de todos os animais, mas o impressionante é desprendimento do óbvio que o autor tem nesse livro. 

Um livro para refletir, incomodar qualquer um. 

 

ESCOLHAS - Laura Porto

Escolhas.....

Quando escrevi  esse livro, que fala de Escolhas, me deparei com uma infinidade de percepções que envolvem qualquer escolha.

Escolhi falar sobre isso para que possamos ter inevitavelmente consciência maior sobre todas as nossas escolhas.

No momento que entendemos que nossas escolhas são a base de todo nosso processo humano, a muda de parâmetro e patamar.

Esse livro é provocante, e te tira da zona de conforto.

É uma Escolha ler!

E eu escolho ler sempre! 

 

UM FAROL NO PAMPA - Leticia Wierzchowski

Sempre tive absoluta certeza de que nasci na época certa, que minha ânsia pela vida tinha que ter ferramentas de comunicação, mesmo que menina, mas tinha que ter, e que uma boa dose de liberdade sempre me consumiu. Então eu jamais poderia ter nascido em uma época em que mulheres não tinham tanta liberdade de pensar e agir.  

Baseado nisso, honro e respeito tudo o que antecedeu anteriormente ao meu nascimento e toda história vivida até aquele momento.  

Sou Gaúcha, e como boa sulista me arrepia ler qualquer coisa que conte a bravura da Revolução Farroupilha, e de toda saga dos Gaúchos que honraram até o fim das suas vidas a liberdade de viver. No meu sangue corre a alma farroupilha.  

Farol do Pampa é a continuação da história da Casa das 7 Mulheres, que conta de forma romanceada a história da Revolução Farroupilha e do que aconteceu após o fim da guerra.  

Heróis, mortes, e um ideal foi o que moveu essa guerra. Mas passada a Revolução, as famílias riograndenses tentam voltar ao ritmo normal da vida e começam a recuperar a vida e a economia.  

Alguns personagens do primeiro livro morreram, outros morrerão no meio do caminho, outra guerra finda e lá se vão muitos homens para uma nova guerra, a guerra do Paraguai, de onde muitos não voltam.  

Mas Leticia tem o dom de, em meio às guerras e farrapos, trazer a beleza e a dor de amores, sonhos, angústias e esperanças.  

Me percebi sofrendo e amando em muitos momentos durante a leitura desse livro, me vi esperando um final feliz, um reencontro e um afago.  

Isso é envolver um leitor, é fazer o leitor sentir sentimentos, imaginar paisagens e acima de tudo entender a história e os valores que estão ali escritos.  

Como é lindo ter ciência dos afagos de uns e que, mesmo com tanto tempo e tantas guerras, não foram perdidos no meio do caminho.  

Ah como o meu Rio Grande é lindo, como o povo está sempre pronto para a luta, que luta por justiça e liberdade.  

Um Farol do Pampa tem personagens reais, histórias reais e romanceadas, tem amor, tristeza, morte, paisagem, flores, aromas, garra, lutas, sonhos e calma.  

Vou até ali... Me transportei para meados de 1860, 1902
... e vivi e li grandes histórias.  

Viva a saga Rio Grandense, seus heróis e heroínas, homens e mulheres, e acima de tudo suas e minha inabalável força de lutar e reconstruir.