Chegou o
dia de ler William Shakespeare,
sempre quis ler, mas nunca tinha me organizado para isso.
E quando falo organizado, é literalmente me organizado. Ler
Shakespeare é necessário. Não tenho pretensão de falar do livro dele com
propriedade e principalmente de questionar suas honrosas habilidades na
escrita.
Ler Shakespeare requer uma dose de coragem e pretensão, o que posso falar sobre sua escrita que para mim não é a questão de ler somente, para mim ficou claro que ler um livro dele é se oportunizar sentir, sentir o que se está lendo e sentir o que essa leitura faz nos nossos sentimentos.
Pra mim, Shakespeare não é só interpretação do que ele escreve, e muito menos entender, visto que inúmeras vezes não o entendi. Mas é sobre sentir sua escrita, e poder nos permitir transportar para dentro da sua profundidade da escrita.
Uma escrita pesada, difícil e profunda. Por isso falo de organização, requer paciência, pensamentos abertos e profundos, imagens jamais vistas ou imaginadas e, sobretudo, tudo parece estar nas entrelinhas.
A tempestade é fria, mórbida e triste. É inacreditável que lendo, a tristeza se abatia, mas supreendentemente o inconsciente se abrira, e esse foi o mágico de ler Shakespeare, foi a profundidade da escrita que me levou à profundidade da minha alma e de meus questionamentos.
Ou seja, é um gênio William Shakespeare!
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