domingo, 24 de janeiro de 2016

A ASSINATURA DE TODAS AS COISAS - Elizabeth Gilbert

Seria muito repetitiva se começasse essa resenha com: esse livro é extraordinário, essa autora é brilhante, essa história é uma das mais geniais, surpreendentes e emocionantes que já li. Mas sendo repetitiva, esse livro é tudo isso e muito mais.

Desde o primeiro livro que li de Elizabeth, sempre me envolvi e sempre aprendi muito com as vivencias e experiências narradas e seus personagens nada convencionais.

Mas este livro é mais do que especial, em função do universo que Elizabeth criou para os personagens. Além de mergulhar e nos fazer conhecer botânica, musgos e plantas que eu pessoalmente jamais havia pensado, ela consegue magistralmente fazer uma analogia de como nós somos parecidos com os musgos!

Sim é isso mesmo! Nós, pobres e ricos, seres mortais, somos incrivelmente parecidos com a determinação dos musgos! Olhem a belíssima comparação que ela faz!

Tudo abaixo é uma descrição clássica da vida dos musgos, mas a semelhança com os humanos, ou pelo menos o que eu penso do que o ser humano deveria ser é fantástica.

“Quanto maior a crise, aparentemente, mais rápida a evolução.
Todas as transformações parecem ser motivadas pelo desespero e a urgência.
A beleza e variedade do mundo natural são apensas os legados visíveis da guerra interminável.
O vencedor sairá vitorioso, mas somente ate deixar de vencer.
Esta vida é um experimento hesitante e difícil. Às vezes, haverá vitória após o sofrimento, mas nada é garantido. O individuo mais valioso ou belo pode não ser o mais flexível. A batalha da natureza não é marcada pelo mal, e sim pela seguinte lei natural poderosa e indiferente: há simplesmente organismos de mais, e os recursos são insuficientes para a sobrevivência de todos.
A luta permanente entre espécies e dentro delas é inescapável, assim como a perda, assim como a transformação biológica. A evolução é uma matemática brutal, e a longa estrada de tempo é semeada pelos restos fossilizados de incalculáveis experimentos fracassados.“

“Qualquer ato que não a luta pela resistência é covarde. Qualquer ato que não a luta pela resistência é uma recusa do grande pacto da vida.”

Não é uma analogia surpreendente?  

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