Desde o
primeiro livro que li de Elizabeth, sempre me envolvi e sempre aprendi muito
com as vivencias e experiências narradas e seus personagens nada convencionais.
Mas este
livro é mais do que especial, em função do universo que Elizabeth criou para os
personagens. Além de mergulhar e nos fazer conhecer botânica, musgos e plantas
que eu pessoalmente jamais havia pensado, ela consegue magistralmente fazer uma
analogia de como nós somos parecidos com os musgos!
Sim é isso
mesmo! Nós, pobres e ricos, seres mortais, somos incrivelmente parecidos com a
determinação dos musgos! Olhem a belíssima comparação que ela faz!
Tudo abaixo
é uma descrição clássica da vida dos musgos, mas a semelhança com os humanos,
ou pelo menos o que eu penso do que o ser humano deveria ser é fantástica.
“Quanto
maior a crise, aparentemente, mais rápida a evolução.
Todas as
transformações parecem ser motivadas pelo desespero e a urgência. A beleza e variedade do mundo natural são apensas os legados visíveis da guerra interminável.
O vencedor sairá vitorioso, mas somente ate deixar de vencer.
Esta vida é um experimento hesitante e difícil. Às vezes, haverá vitória após o sofrimento, mas nada é garantido. O individuo mais valioso ou belo pode não ser o mais flexível. A batalha da natureza não é marcada pelo mal, e sim pela seguinte lei natural poderosa e indiferente: há simplesmente organismos de mais, e os recursos são insuficientes para a sobrevivência de todos.
A luta permanente entre espécies e dentro delas é inescapável, assim como a perda, assim como a transformação biológica. A evolução é uma matemática brutal, e a longa estrada de tempo é semeada pelos restos fossilizados de incalculáveis experimentos fracassados.“
“Qualquer
ato que não a luta pela resistência é covarde. Qualquer ato que não a luta pela
resistência é uma recusa do grande pacto da vida.”
Não é uma
analogia surpreendente?