Este livro é um diário que Che Guevara escreveu durante sua segunda
viagem pela América Latina, entre 1953 a 1956.
Este diário retrata exatamente como era o Che na sua simplicidade. Viajando,
procurando, acreditando em um sonho, um ideal, que nem ele mesmo por muitas vezes
entendia ou estava tão claro.
Pude perceber neste diário que Che acreditava nas pessoas, buscava o
melhor delas em suas palavras ou ações, realmente era um idealizador. Era um
sonhador.
Pude perceber também, de uma forma muito sutil, o quão era incomodo
sua vida simples... ele sempre acreditou em algo maior do que estava
acontecendo. E por muitas vezes achava bom a miséria que ganhava para poder
ficar mais um pouco em um pais.
Mas era um homem que se irritou muito com a indiferença e enganações
das pessoas, mas isto passava rápido, pois ele sempre almejou algo maior, algo
muito mais alto e ao mesmo tempo utópico.
Tentei descobrir nas suas palavras algo mais heroico, mas este livro
traz um Che mais simplista, menos detalhista e até um Che paciencioso com o que
ainda não estava bom para ele.
Foi estranho descobrir este Che! Foi surpreendente.
E tenho certeza que esta segunda viagem, o fez muito mais humano. Ele
viu e sentiu de perto a miséria, a impotência da falta de recursos em atender
crianças e talvez, nesta segunda viagem, começou a descobrir que não era tão
importante ser um pesquisador de medicina famoso, e sim um grande lutador por
direitos iguais e melhores para pessoas tão necessitadas.
Arrisco-me a dizer que esta pode ter sido a maior da sua descoberta!
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